O Partido Socialista vê com preocupação o “padrão de comportamento do Governo nos últimos dias”, criando instabilidade, assegurou Alexandra Leitão em declarações à comunicação social.Por um lado, o executivo liderado por Luís Montenegro procedeu com “exonerações de altos cargos, seja o diretor nacional da PSP, seja a mesa da Santa Casa da Misericórdia” de Lisboa, sendo que “antes disso tínhamos tido o diretor executivo do SNS”, lamentou a líder parlamentar do PS, que garantiu que, no caso da Santa Casa da Misericórdia, foram feitas “declarações sem fundamento e sem factos para as corroborar”, algo que é de “grande gravidade”.Alexandra Leitão recordou que o primeiro-ministro “veio dizer que, quando um novo Governo entra, tem o direito de mudar as pessoas para traduzir as suas próprias orientações políticas”.

Ora, fica sem se saber se “é mudar pessoas para ter novas orientações políticas, ou se afinal, pelo contrário, como vêm dizendo outros membros do Governo, há aqui coisas graves – que não têm sido fundamentadas”, comentou, apontado a incongruência.“Na mesma linha de criar instabilidade, vemos com imensa preocupação as afirmações repetidas do ministro das Finanças” sobre a execução orçamental, disse a presidente do Grupo Parlamentar do PS, vincando que muito do que Joaquim Miranda Sarmento disse “já foi desmontado”.E deixou um alerta: “Isto põe em causa o prestígio de Portugal, põe em causa algo que foi obtido pelo país e pelos portugueses ao nível da credibilidade internacional das contas públicas portuguesas e isso é muito grave”.Alexandra Leitão mencionou mesmo que “foi o próprio Governo que apresentou ainda há pouco tempo, em Bruxelas, um Plano de Estabilidade com um excedente de 0,3%”.A presidente da bancada do PS perguntou depois ao atual ministro das Finanças que despesas escolheria deixar de fazer: “Deixaria de comprar vacinas, deixaria de apoiar a Ucrânia, deixaria de apoiar os agricultores, deixaria de pagar indemnizações determinadas por sentenças judiciais?”.“Não parece sequer muito cordial de um ministro das Finanças dizer que houve despesas feitas sem cabimento orçamental”, uma vez que “isso não existe”, asseverou Alexandra Leitão, esclarecendo que “quem sabe como funciona o procedimento da despesa pública, sabe que os próprios serviços do Ministério das Finanças não o permitiriam”.“É preciso que não se brinque desta maneira com o prestígio do país em nome de uma guerrilha política não fundamentada”, avisou a líder parlamentar do PS.

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